Academia da Malta

25.10.07

?

Será que S. Martinho este ano vai dizer que já não precisam do Verão dele,
uma vez que o Outono decidiu não vir?

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20.10.07

esta portugalidade em mim

- é uma seca

- é o que me faz querer chorar em avião, mas que se desvanece (integra; incorpora) em mim quando avisto Portugal

- é o morrinhento em mim

- é a chuva molha parvos, aqueles que se põem a jeito

- é o que faz com que eu gaste tanto tempo a sentir-me inútil

- e a queixar-me de o ser

- e a deixar-me sê-lo

- é o que não me dá forças para me mexer em meu sentido

- é o tédio

- o fardo

- o fado, pois, Portugalidade como a entendo, esta dor de ser quem sou... e o não fazer nada por deixar de o ser, modificar um pouco (tão útil, ou não) (útil por mudança = movimento)

- é uma seca: de pensamentos. de movimentos. de água vida.

- é o chico-espertismo a não saber lidar com a coitadinhice

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16.10.07

A TAP

- Os atrasos
- O não pedido de desculpa pelo atraso, como se este não tivesse existido: nem o considerarem importante
- A tv explicativa
- A tv com filmes dos apanhados
- A tv com o percurso desenhado
- Os brincos redondos vermelhos, à anos 50
- Os sapatos com o laçarote
- O sinal de cinto apertado que fica ligado muito tempo
- a hospedeira que rapidamente diz "please, madam, you have to seat, the sign is still on", mas que não pergunta o que pode fazer pela "madam"
- A sandes cuja validade acaba no dia seguinte
- A hospedeira simpática que faz perguntas e sorri (ou será que é só porque entendo o que ela diz?)
- A pressa em recolher em recolher os quedantes da refeição
- O frio do ar, ainda que o "ar condicionado" esteja fechado
- As vendas a bordo (ou as companhias não-low-cost)
- Um falar inglês que eu percebo
- Os sinais luminosos "junto ao chão" (isso significaa exactamente o quê?) que eu não percebo onde estão
- Os cinzeiros nos braços das cadeiras, herança de quando se podia fumar nos vôos (isso foi há quanto tempo?)
- A electricidade estática do meu cabelo
- Um maravilhoso "be seated" para "estejam sentados" :)
- Porque adaptam o nome para inglês, quando o dizem? (a "tápe" e a "ti-ei-pi") receio de dizer "tépe"?

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20.11.05

Singapura

Estou em Londres, (num computador sem acentos ortograficos) a espera do voo londres-lisboa, que me leve de novo a casa, para voltar ao trabalho de estudante.
O meu pai chamou-me agora.. ja nao vou por o post como queria...
Um pouco so de singapura, entao, depois ponho mais:
quente, abafada, cheia de gente e de ar condicionado. Com muito verde, por issso com pouca poluicao.
Nao achei muito bonita, apesar de saber que nao vi os sitios mais bonitos. museus engracados, uma mistura de culturas muito interessante. a estudar mais do que a visitar outra vez.
Ao menos nao sao como os chineses, javardos. Mas tambem assim e porque tem multas para tudo.
Ate uma proxima.
kisses

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11.7.05

tudo eu

lalala
um blog só pra mim
onde posso fazer o que quiser, como quiser, até porque ninguém vem ler mesmo, por mais que eu fantasie que sim...
vou continuando a falar com um vocês que não existe...
hei-de vir cá colar coisas de vez em quando...
mas não agora, que só cá vim ver o movimento.
inté

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10.6.05

frustrações

Tempo de verão, apetece ir às compras. E não digo compras de casa, mas sim daquelas mais desnecessárias, como sandálias, bikinis, mais saias, mais tops,... Apetece gastar dinheiro em roupa, agora que andamos sem ela.
O que quero comprar quando acaba a época de frequências, é um bikini azul (ou de outra cor talvez...) de determinada forma e feitio que é para tornar a busca mais difícil e mais propensa à derrota, e umas sandálias muito específicas.
É das sandálias que venho falar:
Procuro umas assim há já muito tempo. Sem salto (rasas, portanto), castanhas, tipo época romana, sem aquela coisa para pôr no dedo que é para mim tão incómoda, com tiras que, depois de segurarem o pé, serpenteiam canela acima, num toque de elegância.
Como umas que estão na montra da loja H.M.. Passe a publicidade.
Passei por lá de autocarro e fiquei a olhá-las, por entre todos os corpos que se seguravam como podiam.
Mas demorei a ter dinheiro. Nem sabia quanto custavam.
E demorei a ter a oportunidade de lá passar.
Quando a tive, a loja já estava fechada, sem sinal de preço na montra.
Ontem fui lá, finalmente.
Fui lá, e informaram-me que aquelas sandálias lindas, feitas não se sabe onde, vindas de Espanha especialmente para estarem na montra, não são adquiríveis (isto diz-se?) por preço nenhum possível, pois não se vendem na loja, nem em lado nenhum que soubessem indicar-me, pois servem apenas nos pés dos manequins, devido ao buraco enorme que têm no meio.
É uma frustração.
Agora só tenho de descobrir o bikini que quero em alguma manequim com roupa própria...

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7.3.05

chuva

Olá.
Desta vez não venho falar de aulas.
Venho falar de chuva: Divagar um pouco sobre isso. Para lá dos problemas reais apresentados entre as mortes, nos telejornais. (Os telejornais são a necrologia televisiva.)
Antes de mais, quero, ironicamente (com um pouco de rtesmunganço e mau feitio, até), agradecer a todas as lindas almas deste país que, em cada dia de chuva destas últimas estações do ano, decidiu resmungar, alto e bom som, que não queriam chuva, que a odiavam.
Pois é.
Agradecida.
A chuva. Água das núvens celestes, que alimentando a terra, nos alimenta dela.
A culpa é dos americanos, e dos russos, de quem quer que seja que teve a ideia de se ir intrometer nas esferas para lá das nossas.
Pronto, não sei. É óbvio que não estou a dizer nada de jeito. Gostava só que as pessoas n resmungassem tanto com a chuva, quando ela aparece.
É que eu até gosto de chuva:
Daquelas torrenciais que apareciam de vez em quando nos meus primeiros tempos de liceu, ainda em Coimbra, em que chovia imenso, mas era durante 20 minutos.
De dançar na chuva;
De dar beijos à chuva;
De estar com aquele mau-feitio de inverno conzento e frio, em que o que aquecia era o estar com mais gente com o mesmo mau-feitio, todos à espera que o sol decidisse aparecer, na Primavera;
De andar com o guarda-chuva que nunca passa em todo o lado -parece que estamos gordos- mas que faz com que as pessoas tenham de se desviar mais umas das outras;
De ter um guarda-chuva colorido, que me protege do cinzento, numa espécie de espaço vital;
De andar de saia porque as calças ensopam nas poças;
De... não sei mais.
Vocês terão os vossos aspectos positivos da chuva.
Tenho saudades dela, no seu tempo natural.
Qualquer dia inventam uma espécie de regador terrestre espacial, que de tempos a tempos faz aquilo que a Natureza fazia e não faz mais.
Pois é.
Bute a Castro Verde fazer novenas.

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